Presença. Essa foi a palavra que me veio a cabeça depois de começar a degustar o Alto Uxmal. Já era esperado um vinho concentrado, denso e com muita personalidade. Mas foi depois da primeira hora que as frutas começaram a brotar de seus vapores alcoólicos.
Os vinhos argentinos tem como peculiaridade uma grande presença. Tem longa cura em barricas de carvalho, o que os deixa amadeirados e "pesados". Perfeitos para acompanhar carnes vermelhas e molhos condimentados. Enquanto esperava um bife de entrcot derreter ao forno por mais de duas horas, comecei a apreciar o Uxmal, presente da amiga Mari Piccoli, da da LePic vinhos. Confesso que a primeira impressão foi de um vinho muito alcoólico e desequilibrado, que acaba por suprimir a fruta. Mas depois de algumas taças e de o jantar ficar pronto foi surpreendente. Não recomendo apreciar sozinho - sem comida -, mas acompanhado de um belo bife como o que fiz. O vinho é realmente forte e intenso e não pode ser domado facilmente.
Tive uma belíssima experiência posterior. Havia experimentado um chocolate 85% cacau. Algo ainda desconhecido para meu paladar. Extremamente seco, denso, mas prazeroso, concentrado, com personalidade. A combinação dele com o Uxmal foi divina, o sabor residual forte do chocolate ultra amargo ficou sedoso e envolvente com o poderoso licor do vinho.
Sesações fortes e combinadas harmoniosamente para amenizar esse clima hostil de inverno.
Há algum tempo aprecio vinhos. Mas em 2010 comecei a entender a quantidade de variáveis que fazem diferença entre os diversos estilos. Estou experimentando sempre e vejo que meus amigos pouco sabem sobre esta bebida divina. Sinto a necessidade de expor minhas impressões a cada experiência e compartilha-las. Quero deixar claro que por não ser perito, todos os comentários aqui são provenientes de pesquisas e de minhas impressões pessoais, o que torna o este blog uma publicação totalmente informal.
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